Uso terapêutico de canabinóides na Esclerose Múltipla
DOI:
https://doi.org/10.24933/eusf.v3i1.134Resumo
A Esclerose Múltipla (EM) consiste em uma doença neurológica, autoimune, inflamatória e crônica. É causada por reações autoimunes que provocam inflamação e a destruição das células da glia do tipo oligodendrócito e consequente desmielinização da bainha de mielina dos neurônios, causando lesões cerebrais e medulares com perda de substância branca. Existem três classificações de EM e não existe cura para nenhuma delas. Os tratamentos farmacológicos existentes buscam diminuir o avanço da doença, reduzindo a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos que são gerados pelas lesões, assim contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Além disso, existem tratamentos paliativos para outros sintomas da doença, como a dor neuropática crônica e aguda, abordadas nesse trabalho. O tratamento é realizado com medicamentos das classes terapêuticas de antiespásticos, relaxantes musculares e benzodiazepínicos, mas nem todos os pacientes tem uma resposta eficaz nesse uso e novas medidas estão sendo utilizadas. Recentemente, os medicamentos a base dos compostos canabinóides tetrahidrocanabinol e canabidiol, obtidos da planta Cannabis sativa (L.) Small & Cronq., estão sendo utilizados para tratamento da dor. O objetivo deste trabalho é a elucidação do tratamento farmacológico da dor na EM com canabinóides, abordando as vantagens desse uso na melhora dos sintomas dos pacientes portadores da doença. Portanto, salienta-se que este novo tratamento foi comprovado cientificamente como sendo uma alternativa promissora e eficaz para aqueles pacientes que não respondem ao tratamento convencional, assim as pesquisas devem continuar contribuindo para o reconhecimento da segurança e eficácia dos canabinóides.Downloads
Referências
ABEM. "ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltipla". O que é Esclerose Múltipla?, 2016. Disponível em: http://abem.org.br/esclerose/o-que-e-esclerose-multipla. Acesso em: 15/02/2019.
ALVES, A. O.; SPANIOL, B.; LINDEN, R. Canabinóides sintéticos: drogas de abuso emergentes. Revista Psiquiatria Clínica. v. 39, n. 4., 2012.
FONSECA, B. M.; COSTA, M. A.; ALMADA, M.; SOARES, A.; SILVA, G. C.; TEIXEIRA, N.A. O Sistema endocanabinóide – uma perspectiva terapêutica. Vol. 2, n. 2. Portugal: Acta Farmaceutica Portuguesa, 2013.
GUERREIRO, C. T.; BAPTISTELA, B. L.; MACHADO, O. A.; ALMEIDA, E. C. S.; VIEIRA, M. R. Esclerose Múltipla e os componentes de estrutura e função do corpo, atividade e participação do modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saude (CIF). Revista Atenas Higeia, v. 1, n. 1, jan./ jun. 2019.
HONORIO, K. M.; ARROIO, A., SILVA, A. B. F. Aspecto terapêutico de compostos da planta Cannabis sativa. Revista Química Nova, v. 29, n. 2, p. 318-325, 2006.
HORGA A., TINTORÉ M. Natalizumab for relapsing-remitting multiple sclerosis. Neurología. v. 26, p. 357-368, 2011.
JESUS, A.; FERNANDES, L.; ELIAS, P.; SOUZA, A. Legalização da maconha para fins medicinais. Revista Do Curso De Direito Do Centro Universitário Brazcubas, v. 1, n. 1, mai, 2017.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO J. Histologia Básica: Texto & Atlas. 12ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, p. 151-159, 2013.
LESSA, M. A.; CAVALCANTI I. L.; FIGUEIREDO, N. V. Derivados canabinóides e o tratamento farmacológico da dor. Revista Dor, v.17, p. 47-51, mar, 2016.
MACHADO, S. et al. Recomendações Esclerose Múltipla. 1. ed. São Paulo: Omnifarma, p. 76-80, 2012.
MESQUITA JUNIOR, D. ARAUJO, J. A. P.; CATELAN, T. T. T.; SOUZA, A. W. S.; CRUVINEL, W. M.; ANDRADE, L. E. C.; SILVA, N. P. Sistema imunitário parte II - Fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B. Revista Brasileira de Reumatologia. p. 552-80, 2010.
MOREIRA, M. A.; FELIPE, E.; MENDES, M. F.; TILBERY, C. P. Esclerose Múltipla: Estudos Descritivos de suas Formas Clínicas em 302 Casos. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. v. 58, n. 2-B, 2000.
OLIVEIRA, E. M. L.; SOUZA, N. A. Esclerose Múltipla. Revista Neurociências. v. 6, n. 3, p. 114-118, 1998.
PAMPLONA, F. A. Quais são e pra que servem os medicamentos à base de Cannabis? Revista da Biologia. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1. p. 28-35, 2014.
PERNONCINI, K. V.; OLIVEIRA, R. M. Usos Terapêuticos Potenciais do Canabidiol Obtido da Cannabis sativa. Revista Uningá Review. v. 20, n. 3, jan, 2018.
RAIMUNDO, P. G.; SOUZA, P. R. K. Cannabis Sativa L.: Os Prós e Contras do Uso Terapêutico de uma Droga de Abuso. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. v. 3, n. 13, set, 2007.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. 231-238, 2016.
SANTOS, E. C.; YOKOTA M.; DIAS, N. F. R. Esclerose Múltipla: Estudo de Pacientes com a Forma Surto Remissão Cadastrados na Secretaria de Saude do Estado de Minas Gerais. Arquivo Neuro-Psiquiatria. v. 65, n. 3-B, jun., 2007.
SANTOS, V. M. Diagnóstico de esclerose múltipla por ressonância magnética. São Paulo: Revista Remecs. v. 3, n. 5, 2018.
SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6ª ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS; Florianópolis: Ed. UFSC. p. 923-928, 2007.
SILVA, A. S.; GOMES, J.; PALHANO, M. B.; ARANTES, A. C. Y. A maconha nas perspectivas contemporâneas: benefícios e malefícios. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA. v. 9, n. 2, p. 786-795, jul./ dez. 2018.
SILVA, S. A.; SARAIVA, A. L. L. Uso do canabidiol em portadores de crises convulsivas refratárias no Brasil. Revista Uningá. v. 56, n. 1, jan./ mar. 2019.
SOUZA, A. A. F.; SILVA, A. F. M.; SILVA, T. F.; OLIVEIRA, C. R. Cannabis sativa: uso de fitocanabinóides para o tratamento da dor crônica. Brazilian Journal of Natural Sciences. v. 1, n. 2, fev, 2019.
VIDAL, C. Mecanismos Farmacológicos da Terapêutica da Esclerose Múltipla. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Fev, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais, separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).